CAPS Tri-fronteira fará atividades em alusão ao Dia Nacional de Luta Antimanicomial

O Cento de Atenção Psicossocial (Caps) Tri-fronteira tem programação especial nesta semana em comemoração do Dia Nacional de Luta Antimanicomial, que terá o ponto alto no dia 19. As atividades iniciam ainda no dia 15, seguindo no dia 16 e no dia 17 com rodadas de conversa com a comunidade a fim de conscientizar sobre a doença mental e o trabalho do Caps.

Ainda na noite do dia 17, a partir das 19h30 no Cine Caps terá exibição do filme Nice: o coração da loucura, no auditório da prefeitura.

Já no dia 19 terá caminhada intitulada “Todos pela saúde mental”, com saída programada para a partir das 15h30 de frente do Caps, com destino ao Lago Internacional da Fronteira. Na oportunidade haverá atividades com som e recreação.

Como foi criado o Dia?

O Dia Nacional da Luta Antimanicomial foi instituído após profissionais da saúde mental, cansados do tratamento desumano e cruel dado a usuários do sistema de saúde mental, organizarem o primeiro manifesto público a favor da extinção dos manicômios. O ato aconteceu durante o II Congresso Nacional de Trabalhadores da Saúde Mental realizado em 1987, na cidade de Bauru/SP. Naquela manifestação, nasceu o Movimento Antimanicomial.

Uma das conquistas desse movimento foi a Lei 10.216/2001, que determina o fechamento progressivo dos hospitais psiquiátricos e a instalação de serviços substitutivos. Desde então, o Brasil tem fechado leitos psiquiátricos e aberto serviços substitutivos: os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), as Residências Terapêuticas, Programas de Redução de Danos, Centros de Convivências, as Oficinas de Geração de Renda, etc.

O Movimento Nacional de Luta Antimanicomial caracteriza-se pelo seu caráter democrático, contando com a participação ativa e efetiva dos usuários de serviços de saúde mental, seus familiares, profissionais, estudantes e quaisquer interessados em defender uma postura de respeito aos diferentes modos de ser e a transformação da relação cultural da sociedade com as pessoas que sofrem por transtornos mentais.

O Movimento tem núcleos em todos os estados do país, sendo todos autônomos, propositadamente sem uma hierarquia. Atualmente, o Movimento tem uma Secretaria Nacional Colegiada que se encarrega da articulação nacional e de projetos diversos. E de dois em dois anos realiza encontros nacionais que procuram reunir todos os militantes para deliberar, de forma democrática, seus princípios e ações.