Iniciativa quer incentivar produção de mel em Dionísio Cerqueira
Uma proposta que está sendo discutida em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente e a Associação Cerqueirense de Apicultores (ACEA) quer estimular a produção e principalmente comercialização de mel em Dionísio Cerqueira. A ação quer transformar o antigo local de extração de mel na comunidade Sede Peperi (parado há mais de 2 anos) em um espaço que possa receber a certificação da Cidasc (Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina).
Com essa certificação a ACEA poderia ampliar seu leque de mercado levando seu produto para todo Estado. Hoje, os produtores só fazem a venda direta para consumidores no município e de forma desordenada. Além de ter mercado restrito, o valor do produto é bem a baixo do praticado no mercado estadual.
Cidasc
O primeiro passo para essa tentativa ocorreu na tarde desta terça-feira (9) quando da visita do médico-veterinário da Cidasc Milton Kasper, e da estagiária de inspeção de origem animal da companhia, Jaqueline Millo. Acompanhados do secretário de Agricultura Claudiomiro Pavan e do presidente da ACEA Arlindo Trombeta, o grupo esteve avaliando a estrutura na comunidade Sede Peperi.
De acordo com Pavan a presença da equipe da Cidasc é o primeiro passo para identificar o que precisa ser feito para habilitar o local. “Temos uma preocupação com os produtores no município por perderem uma margem significativa do valor da venda de seus produtos por não ter a certificação estadual por falta de um local apropriado para extração e envase do mel. Por isso chamamos o pessoal da Cidasc para relacionar o que precisa ser feito. Agora vamos conversar com os associados para ver se todos têm interesse em participar do projeto”, explicou Pavan.
Segundo Kasper o local tem seu parecer favorável, mas agora resta preencher uma série de requisitos para obter a autorização de funcionamento do local. “São pelo menos mais 5 itens que precisam ser atendidos (normas de vigilância) e a maioria terá que estar detalhado no projeto arquitetônico. Aí encaminhamos para a Cidasc em Florianópolis e aguardamos os ajustes solicitados”, detalhou o inspetor, salientando que o processo costuma ser lento e burocrático. No entanto, lembra que as normas da vigilância nada mais são do que exigências para se evitar ao máximo a contaminação ou fraude nos alimentos.
O presidente da ACEA comenta da expectativa em poder obter a licença estadual, mas observa que não é uma tarefa fácil. “Se a gente conseguir a autorização será muito bom porque vai valorizar nosso produto. Por isso temos que nos unir para ver o que podemos fazer”, disse Trombeta, relatando que existem pelo menos 12 produtores no município que atingem a marca de 10 mil quilos de mel por ano.